sábado, 30 de abril de 2011

FATORES CONDICIONANTES E TAXA DE MORTALIDADE DE EMPRESAS DO MARANHÃO


RELATÓRIO DE PESQUISA
Novembro/2004

Apresentação

Este Relatório de Pesquisa é resultado de contrato celebrado com a Fundação
Universitária de Brasília – FUBRA, com o objetivo de realizar pesquisa amostral no
Estado do Maranhão, visando à identificação da taxa de mortalidade das empresas
de pequeno porte e os principais fatores condicionantes da mortalidade
empresarial. Cumpre ressaltar que trabalho semelhante foi realizado recentemente
para o Sebrae Nacional, tendo sido adotada nesta enquete a mesma metodologia.
O fechamento prematuro de empresas no país tem sido uma das preocupações da
sociedade, particularmente para as entidades que desenvolvem programas de apoio
ao segmento de pequeno porte, como é o caso do Sistema Sebrae. Por isso, é de
fundamental importância obter informações que propiciem identificar as causas das
elevadas taxas de mortalidade das empresas maranhenses, visando a atuação
coordenada e efetiva dos órgãos públicos e privados em prol da permanência maior
dos negócios em atividade.
Na primeira fase dos trabalhos apurou-se a taxa de mortalidade das empresas para
até quatro anos, contados do ano de constituição das mesmas. A segunda etapa
procurou identificar os fatores condicionantes dessa mortalidade, cotejando-se os
resultados de entrevistas realizadas junto aos estratos das empresas extintas e em
atividade, tendo sido identificadas algumas hipóteses para o desaparecimento
prematuro de boa parcela das empresas.
No que se refere às taxas de mortalidade, este relatório contempla avaliações da
situação no Estado do Maranhão para cada grupo de empresas - “Extintas” e
“Ativas”, sendo as mesmas, ainda, comparadas com os resultados apurados para o
Brasil e para as Regiões.
O critério utilizado para classificação do porte de empresas foi o adotado pelo
Sebrae, baseado no número de empregados: considera-se como microempresa
(ME) aquela com até 19 empregados na indústria e até 09 no comércio e no setor
de serviços; as pequenas empresas (PE) são as que possuem, na indústria, de 20 a
99 empregados e, no comércio e serviços, de 10 a 49 empregados; as médias
empresas (MDE) de 100 a 499 empregados na indústria e de 50 a 99 no comércio e
serviços. Por sua vez, a grande empresa (GE) é aquela com 500 ou mais
empregados na indústria e com 100 ou mais no comércio e no setor de serviços.

RESUMO EXECUTIVO
1. Introdução

Ter o seu próprio negócio tem sido o grande desejo de uma imensa parcela da
população economicamente ativa do Estado do Maranhão, na medida em que são
formalizadas, em média, 7 mil empresas por ano, conforme as estatísticas oficiais
do Departamento Nacional de Registro do Comercio – DNRC/MDIC. As causas mais
freqüentes que justificam esse interesse pela atividade empresarial são motivadas
pelo desejo de ter o próprio negócio e pela necessidade de aumentar renda e
melhorar de vida.
Entretanto, conforme estudo do Banco Mundial (Fazendo Negócios 2004), as
condições de vida das empresas comprovam que o ambiente para negócios no
Brasil é inóspito, comparado ao de outras nações. O estudo do conjunto de leis,
regulamentos e outras ramificações burocráticas, que formam o ciclo sobre o qual
as empresas nascem, vivem e morrem, mostra que a atividade empresarial no país
enfrenta uma combinação de fatores institucionais adversos à sua formalização e
sobrevivência no mercado de atuação.
A partir da contratação de serviços de consultoria especializada, o Sebrae/MA,
realizou no período de agosto a outubro/2004, rastreamento exaustivo de uma
amostra representativa de empresas constituídas e registradas na Junta Comercial
do Maranhão, nos anos de 2000, 2001 e 2002, com o objetivo de apurar a taxa de
mortalidade das empresas maranhenses, com uma margem de erro de 5 pontos
percentuais, e os fatores determinantes de sucesso e fracasso do empreendimento.

2. Taxa de mortalidade

A taxa de mortalidade empresarial apurada para o Estado revela que 64,4% das
empresas encerraram as atividades com até 02 (dois) anos de existência, 57,6%
com até 03 (três) anos e que 51,3% não sobrevivem além dos 04 (quatro) anos.
Cotejando-se essas taxas com aquelas levantadas para o resultado ponderado para
o Brasil, observa-se que as mesmas são levemente superiores nos anos de 2001 e
2002 e um pouco maior no ano de 2000. No que se refere às regiões, a taxa é
apenas inferior ao Sul do país em 2002 e 2001.

A título de ilustração, e para efeito comparativo com alguns países da Europa e da
América do Norte, como Canadá e Estados Unidos, tem-se que a alta taxa de
mortalidade empresarial no Brasil não é muito diferente da taxa de outros países,
resguardadas as diferenças em matéria de regulação do mercado de trabalho e de
produtos. Segundo dados da – Organização para a Cooperação e o

Desenvolvimento Econômico – OCDE (abril/2002), de 30 a 40% das novas
empresas européias não sobrevivem além dos dois primeiros anos e de 40 a 60%
não vão além de quatro anos. Nos Estados Unidos e no Canadá, o índice de
mortalidade de empresa também é elevado – de 20 a 40%, respectivamente, até
dois anos de existência, e de 40% a 60% com até 04 (quatro) anos.

3. Principais causas do encerramento das atividades empresariais

Diversas causas explicam o percentual elevado de insucesso das empresas
maranhenses e todas elas mostram que os principais motivos restringem-se às
habilidades gerenciais do empreendedor, haja vista que 29,6% dos
proprietários/administradores eram autônomos ou iniciaram os negócios sem
nenhuma experiência ou conhecimento do ramo (14,1%) e não procuraram por
qualquer tipo de auxílio ou consultoria para gerenciar o empreendimento (23,1%
das assinalações).

O contador, com 66,4% de indicações, é o profissional mais requisitado entre os
empresários que buscaram auxílio profissional para a condução dos negócios. No
entanto, há evidências de que as informações contábeis são, aparentemente, de
uso restrito para atender às exigências fiscais, sendo subutilizadas no processo de
tomada de decisão.
As principais razões da mortalidade empresarial no Maranhão, segundo os
proprietários/ administradores, concentram-se, entre outras, na falta de capital de
giro (58,7% das citações), falta de clientes (36,8%), concorrência acirrada (36,1%)
e problemas financeiros (33,8%).

Analisando essas razões a fundo e comparando com os fatores de sucesso
mencionados com maior freqüência - bom conhecimento do mercado (54,8% das
assinalações), boa estratégia de vendas (53,3%) e ter um bom administrador
(38,5%) – há elementos para supor que o fator que ameaça a sobrevivência das
empresas maranhenses reside na falta de dados consistentes para a tomada de
decisão.

Considerando que, no campo empresarial, a concorrência acirrada e recursos
escassos são componentes que ameaçam a longevidade dos empreendimentos, as
decisões não podem ser tomadas simplesmente na intuição dos gestores, mas num
conjunto de dados e informações confiáveis que racionalize o processo de tomada
de decisão, reduzindo o risco do investimento.

4. Custo social e econômico da mortalidade empresarial

Projetando-se as taxas de mortalidade de empresas maranhenses sobre o total de
empresas registradas no mesmo período (2000 a 2002) pode-se estimar o custo
social proveniente do encerramento das atividades econômicas no Estado do
Maranhão. Segundo os cálculos, estima-se o fechamento de 13.105 empresas nos
três anos e a extinção de milhares postos de ocupações, com a dispensa de
aproximadamente 48,5 mil pessoas, alimentando a economia informal e os índices
de desemprego no Estado.

Em termos de inversões na atividade econômica do Estado, para o funcionamento
dessas empresas estima-se que foram realizados investimentos da ordem de R$
172,2 milhões, que no transcorrer de quatro anos deixaram de produzir bens e
serviços, gerar impostos e distribuir renda.

A perda nominal da poupança pessoal/familiar dos empreendedores é outro fato
que merece destaque, na medida em que os recursos investidos na empresa são de
origem própria, segundo a maioria dos ex-proprietários (77% para investimento
fixo e 84% para capital de giro), ressaltando que o percentual de recuperação dos
recursos aplicados é de até 50%, conforme as assinalações dos respondentes
(75,5%).

5. Fatores para o sucesso da empresa

Os fatores determinantes de sucesso apontados pelos ex-proprietários podem ser
agrupados segundo três categorias:

i) Habilidades gerenciais;
ii) Capacidade empreendedora;
iii) Logística operacional.

Falta de capital próprio, erros de avaliação e despreparo dos empresários estão entre os fatores que mais contribuem para diminuir a probabilidade de sobrevivência da empresa. Assim é que, não obstantes
as habilidades naturais (criatividade, liderança, persistência, perseverança), os
atributos “bom conhecimento do mercado” e “boa estratégia de vendas” ocupam
maior destaque entre os condicionantes do sucesso empresarial.

6. Medidas de políticas públicas para apoio às MPE’s

Ambos os grupos defendem, em escala semelhante e como primordial para apoio
às MPE’s, medida de política pública que permita o oferecimento de crédito
preferencial ao segmento, isto é, com juros e prazos especiais (extintas - 70,2% e
ativas - 69,2%). A questão do tratamento diferenciado, exaustivamente apurado
em outras enquetes, é também requerido por ambos os segmentos, sendo mais
enfático para representantes de estabelecimentos extintos (45,5% contra 39,7%).
A questão financeira é antiga reclamação do segmento e, naturalmente, o governo
deve adotar políticas para viabilizar o acesso ao crédito de empresas menores.
Contudo, depreende-se dessa pesquisa que políticas públicas de apoio às empresas
de pequeno porte devem atuar, de forma coordenada, no sentido de fornecer ao
candidato a empresário treinamento em temas específicos relacionados com sua
atividade futura, como, por exemplo, investir mais em escolas de
empreendedorismo, como têm feito os países desenvolvidos. Não menos
importante, deve-se apoiar o empresário na suas análises sobre a viabilidade do
negócio, em particular em termos da existência de clientes para o seu produto ou
serviço e da escolha para localização da empresa.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Palavras do Presidente da Comicro

As microempresas e empresas de pequeno porte agora tem voz!
Com a criação do Sistema COMICRO/FEMICRO/AMICRO,
presente em 22 estados e também no distrito federal, vem trabalhando a consolidação da sua representatividade junto aos poderes legislativo e executivo, nas três esferas (federal, estadual e municipal). O Sistema COMICRO está levando informação, conhecimento e capacitação para os microempresários e empresário de pequeno porte de vários lugares do país e, além disso, vem realizando trabalhos em parceria com outras instituições a favor da criação de políticas públicas, a fim de propiciar melhores condições para o segmento que mais gera emprego e distribui renda.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Será fundada a Amicro Balsas

 BALSAS
Capital da Agricultura 







o nosso presidente da amicro visitou a cidade de balsas no ultimo dia 14 de abril e falou para os alunos do curso de educação financeira do ceape em balsas, começando assim a criação da amicro balsas.



sábado, 16 de abril de 2011

Encontro Estadual da FEMICRO/MA

II Encontro Estadual das Microempresas, Empreendedores individuais e Empresas de Pequeno Portes do Maranhão

 
 “SUPERANDO DESAFIOS”

 
Objetivo
Fortalecer e preparar os empresários do estado do maranhão para assumirem sua posição de lideres de suas comunidades e compartilhar experiências por meio de integração para que assim os mesmos possam aprender a superar os desafios diários que surgem.
Justificativa
As microempresas e empresas de pequeno são responsáveis por mais de 90% das oportunidades de emprego e renda, necessitam se organizar e se fortalecer por meio das organizações associativistas, por isso se faz necessário um evento que crie oportunidades de integração, fortalecimento das entidades empresariais e ainda crie oportunidades de negócios entre os participantes.
Publico Alvo
Empresários, Futuros empreendedores, Estudantes, Consultores de empresas, lideranças governamentais e Representantes de associações. 
Metodologia
Realizaremos um encontro na cidade de Imperatriz com mais de 500 empresários vindos de 12 cidades do maranhão, dentro do encontro teremos palestras com renomados consultores do estado 
Cidades participantes
·       Imperatriz, São Luiz,Açailândia ,Balsas,Sta. Inês, Carolina,  Montes altos, Bacabal ,Sta. Luzia, Barra do corda, Itinga  e  Porto Franco.
Dados do evento
Tema: Superando Desafios
Data:  17/09/2011
Local: A definir
Horario 8:00 às 17:30
Inscrições: (99) 30722720 (99) 91255848 Rua Para n 586 entre Bernado Sayão e Fortunato Bandeira Nova Imperatriz
Programação do evento
8:00  Cadastramento e café da manhã
9:00  Abertura do evento
Formação da Mesa diretora
Hino nacional
·         Palavra do Presidente da FEMICRO/MA e AMICRO/ Imperatriz
·         Palavra do Presidente da ACII
·         Palavra representante SEBRAE/MA
·         Palavra do Prefeito de Imperatriz
·         Palavra do Governo do Maranhão
·         Palavra do Presidente da COMICRO
10:00  Vídeo de abertura
10:30  Palestra 1 : Saia da informalidade! Seja um empreendedor Individual
11:30 Almoço
13:30 Testemunho Sucesso Empresarial: Caso de Sucesso de um Empreendedor individual
14:00  Palestra 2 : Daniel Ferreira – Tema: Superando Desafios
15:20 Apresentação Artística e vídeo Motivacional
15:30 Palestra 3 : Planejamento Estratégico nas Microempresas
16:30 Palestra 4 :Associativismo Ferramenta para superação de desafios e crescimento Empresarial
17:30 encerramento 

APOIO
·          










 
Atenciosamente,
Antonio Madiflavio de Oliveira Ferreira
Presidente da Amicro – Imperatriz
Coordenador Geral do evento

ASSOCIATIVISMO

União de pessoas em por um objetivo
Autores: Ivanete Daga Cielo, Ricardo Mer-cadante, Fabiana Severo, Katia Fabiane Rodrigues, Ana Caroline Santos Franzen, Patrícia Hahn e Sandra Regi-na Kchesinski Bueno.


ASSOCIAÇÕES

Com a intenção de superar obstáculos, fortalecer relações e promover a melhoria individual e coletiva, as pessoas e as empresas que tem objetivos co-muns se unem em associações procurando gerar benefícios ou fornecer serviços para os associados. As associações somam serviços, atividades e conhecimentos na busca de um mesmo conjunto de interesses e podem ser formais, legalmente organizadas, ou informais, sem valor legal. Um dos principais objetivos das associações de produtores é defender os in-teresses específicos de seus associados, seja na hora de comprar a matéria-prima ou de garantir meios para a obtenção de preços justos na venda ou divulgação dos produtos. O Projeto Gerart tem como objetivo a criação de associações municipais de saboeiros que irão trabalhar com a produção e comercialização de produtos arte-sanais de higiene pessoal. Nessas associações participarão pequenos proprietários rurais, artesões de outros ramos, donas de casas, comerciantes, entre outros, que se organizarão para iniciar e gerenciar uma atividade produtiva de artesanato em produtos de banho, para a divulgação de sua produção bem como para defender seus interesses de mercado.

VANTAGENS

O termo associativismo deriva de associações, pois remete ao sentimento que os associados devem compartilhar, de repartir os dividendos e ajudar-se nas dificuldades. O associativismo permite que seus associados atinjam objetivos maiores e de forma mais rápida do que se estivessem trabalhando sozinhos, já que as pes-soas desenvolvem o seu trabalho em equipe. Dessa forma, quando uma pessoa tem dificuldade para superar um proble-ma, negociar uma compra ou administrar seu negócio, por exemplo, ela poderá contar com o apoio de outras pessoas da associação. O trabalho associativista possibilita o crescimento pessoal e profissional, uma vez que, se houver interesse, as habilidades de uns podem ser aprendidas pelos outros, havendo uma troca de informação entre seus membros.
Por meio das associações é possível ligar-se as cooperativas. Estas, por sua vez, propiciam negociar preços mais baixos das matérias-primas com os fornece-



dores, fazer a padronização da qualidade dos produtos finais, aumentar a clientela, facilitar a distribuição dos produtos e sua divulgação na mídia, abrir novos merca-dos possibilitando a venda para outras cidades, estados e mesmo países, conse-guir estandes de venda em feiras e promover cursos de capacitação, entre outras vantagens. No associativismo as pessoas trabalham como parte de uma estrutura faci-litando o processo de encontrar soluções para os problemas que surgem em qual-quer negócio e permitindo que mais ideias sejam discutidas na hora de criar, pro-duzir, divulgar e auxiliar nas estratégias de venda.

CONSTITUIÇÃO E ADMINISTRAÇÃO

As associações formais são consideradas pessoas jurídicas e necessitam ser registradas, para que possam atuar de forma legal no interesse de seus associa-dos. Para isso é necessário a construção de seu estatuto e seu registro no cartório de registro civil de pessoas jurídicas. Nas pequenas cidades pode ser feito no car-tório de registros gerais. A elaboração do estatuto requer atenção e dedicação, pois nele estará pre-vista a vontade, os desejos e objetivos dos associados e a regulamentação a qual os novos associados deverão aderir. De acordo com o artigo 54 do CCB (Código Civil Brasileiro) a constituição de uma associação deverá conter:

• A denominação, os fins e a sede da associação.
• Os requisitos para admissão, demissão e exclusão dos associados.
• Direitos e deveres associados.
• Fontes de recursos para sua manutenção.
• Modo de constituição e funcionamento dos órgãos deliberativos (que são os que definem a linha de ação da associação).
• Condições para alteração, disposições estatutárias e para a dissolução.
• Forma de gestão administrativa e aprovação das respectivas contas.
A associação deve ser constituída por escrito, por meio de um estatuto e registrada em cartório com a declaração unânime da vontade dos associados de se unirem para sua formação. Para a constituição de uma associação existe a necessidade de ter no míni-mo duas pessoas físicas ou jurídicas que buscam objetivos em comum. Seu patrimônio é constituído pela contribuição de associados ou por doa-ções, entre outras formas.

Roteiro de constituição

Para a constituição de uma associação deve-se seguir o seguinte roteiro:
• A reunião de um grupo de interessados.
• A definição de objetivos do grupo.
• A escolha do nome da associação.
• Os órgãos constituintes da associação (assembléia geral, direção, conselho fiscal).
• A elaboração do Estatuto.
• Realização de assembléia de constituição, com eleição dos membros dos órgãos constituintes da associação.
• Realização da ata de constituição de associação.
• O registro em cartório do estatuto dos livros obrigatórios e da ata de consti-tuição.
• A retirada do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídica) na Receita Fe-deral.
• Obter inscrição na receita estadual – inscrição estadual.
• Os registros na prefeitura, INSS e ministério do trabalho.
• A elaboração do plano de trabalho da associação.

A inscrição estadual e a inscrição no INSS são necessárias somente se a as-sociação pretender praticar atos comerciais.

O estatuto
Na elaboração do estatuto da associação devem constar alguns itens:
• Nome da associação.
• Sede e comarca.
• Finalidades e objetivos concretos da associação.
• Quem responde pelas obrigações da entidade.
• O tempo de duração da associação, caso não seja de tempo indeterminada.
• As atribuições de cada um dos órgãos internos.
• Quem exercerá os cargos e funções de direção e conselho.
• As regras para eventuais modificações do estatuto.
• Qual o processo de dissolução da associação.
• O destino do patrimônio no caso de dissolução.

A assembléia geral

A assembléia geral é o órgão máximo da associação, pois permite a mani-festação de todos os seus integrantes. São competências da assembléia geral:
• Destituir os administradores.
• Alterar o estatuto.

Para melhor organização destas reuniões, normalmente escolhe – se um presidente de assembléia, que ordenará as falas nestes encontros. As assembléias gerais podem ser ordinárias ou extraordinárias. As assembléias ordinárias são reuniões realizadas mensalmente, e nestas assembléias podem ser discutidas:

• A prestação de contas dos órgãos de administração.
• A eleição dos componentes dos órgãos de administração, conselho fiscal e outros.
• Outros assuntos de interesse dos associados.

As assembléias extraordinárias, são aquelas que ocorrem excepcionalmen-te, ou seja não estavam previstas no calendário de reuniões ordinárias mensais. Elas podem ser convocadas quando do interesse dos associados para tratar de as-suntos diversos, como:

• Reformulação do estatuto.
• Fusão, incorporação ou desmembramento da associação.
• Mudança do objeto da sociedade.
• Dissolução.
• E outros assuntos que forem necessários.

Os órgãos da associação

Na administração de uma associação é preciso que existam pelo menos três órgãos: a assembléia geral, a diretoria administrativa e o conselho fiscal, pode ha-ver um quarto órgão que é o conselho deliberativo. As assembléias gerais já foram mencionadas anteriormente. A diretoria administrativa é o órgão responsável pela gestão da associação e execução das decisões dos associados. Deve necessariamente existir e é com-posto pelos seguintes membros:

• Presidente – é o principal representante dos associados, maior responsável pela gestão da associação.
• Vice-presidente – auxilia o presidente na execução das decisões tomadas em assembléia, e na busca por atender as necessidades dos associados.
• Secretário – cuida da documentação da associação, faz as atas das reuni-ões, e agiliza os demais processos administrativos, colaborando e promo-vendo suporte para as tomadas de decisões.
• Tesoureiro – é o responsável pelo controle financeiro, preocupando-se em manter a contabilidade organizada, e prestando contas frequentemente dos saldos e movimentações efetuados.

O conselho fiscal tem como função fiscalizar os atos administrativos, e veri-ficar o cumprimento dos deveres legais e estatutários, trazendo mais transparên-cia às atividades e movimentações financeiras da associação. Normalmente é composto por seis membros.

Os associados

Em conformidade com a legislação, os associados devem ter direitos iguais, mas o estatuto pode instituir categorias com vantagens especiais. A qualidade de associado é intransferível. A exclusão do associado só é permitida por justa causa e de acordo com o estatuto. Nenhum associado pode ser impedido de exercer direito ou função que lhe tenha sido conferida.

POSSIBILIDADE DE COMERCIALIZAÇÃO PELAS ASSOCIAÇÕES

Nos termos do art. 53 do código civil, “constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos”. Portanto, as associações não possuem fins econômicos, logo, não podem ser constituídas para realizar operações de mercado. Isto não significa que elas não possam vender produtos ou mercadorias e prestar serviços, no entanto este não deve ser seu objetivo principal. Como exemplo desta situação pode-se citar o caso da APAE que é uma as-sociação com fins terapêuticos, mas que pode vender vassouras e cartões de natal entre outros, que forem produzidos pelas crianças como método de um trabalho terapêutico. A venda, neste caso, é acessória e não o objetivo da instituição. Pode-se exemplificar essa situação ainda levantando o caso de uma igreja que pode vender bíblias, velas e imagens, entre outros, para seus fiéis, embora o objetivo desta entidade é promulgar a fé e a venda destes produtos seja apenas um meio para atingir seus fins.

Ou mesmo uma associação comercial que venda cartilhas sobre gestão de negócios ou técnicas de venda, por exemplo. Está venda contribui para o aprimo-ramento dos seus associados, embora a venda em si não seja o objetivo de sua constituição. Pela legislação, as associações além de não terem fins econômicos também não podem ter finalidade lucrativa, o que significa que as associações não podem distribuir os lucros gerados aos associados, mas apenas utilizá-los para a manu-tenção de suas atividades e pagamento de seu quadro funcional. A receita gerada só pode ser transformada em benefício da própria associação em busca da melho-ra de suas atividades.

ÓRGÃOS DA ASSOCIAÇÃO

Órgãos da Associação: - Assembléia geral - Direção - Conselho fiscal
Assembléia Geral: dirigida por uma mesa, formada por mem-bros eleitos podendo ser um presidente, um auxiliar e um secretário. Órgão máximo compete-lhe a-lém de outras atividades, apro-var plano de atividades, apro-var e alterar estatutos, aprovar relatórios de atividades.
Direção: Direção: composta por no mínimo três membros, podendo ser um presidente, um secretário e um tesoureiro. Sua principal função é a ges-tão da associação.
Conselho Fiscal: composto por no mínimo três pessoas, podendo ser um presidente, um secretário e um relator. Compete basicamente o con-trole das contas da associa-ção.
Associativismo: união de pessoas por um objetivo comum

PASSOS PARA A CRIAÇÃO DE UMA ASSOCIAÇÃO

Inscrição associação: requerer inscrição junto ao cartório de registros de títulos e documentos, sendo este assinado pelo presidente da associação.
Assembléia geral: com o projeto de estatuto e o nome da associação em mãos, convoca-se uma reunião com todos os membros. Eleger os elementos participantes dos órgãos da associação. Essa reunião deve ter ata datada e assinada por todos os presentes, pois esta será necessária para a legalização da associação.
Reunião informal: reunir um grupo de pessoas com os mesmos objetivos ou interesses e discutir a criação de uma associação.
Projeto estatuto: na reunião informal elaborar projetos para o estatuto, que serão as regras da associação a serem cumpridas no futuro.
Escolha do nome: para que a associação seja reconhecida precisa receber um nome, um slogan e um símbolo. É importante que esses elementos se-jam únicos, já que serão a marca de reconhecimento da associação

Personalidade jurídica: a associação é uma empresa jurídica e passa a exis-tir após providenciar o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) da Associ-ação junto à delegacia da Receita Federal.
Registro de livros: consiste no registro dos livros obrigatórios da associação. São eles, o livro de presença, de atas das assembléias, das atas das reuniões da diretoria, de atas do conselho e o livro diário.
Livro diário deverá ser registrado na Delegacia da Receita Federal. Demais livros com todas as folhas rubricadas pelo presidente. Todas as atas de reuniões deverão ser transcritas nos livros próprios. A associação poderá adquirir outros livros de ca-ráter auxiliar como o Caixa e Razão.

Anexos ao requerimento devem estar duas vias da ata da assembléia, uma via do estatuto, lista de presença com a assinatura dos fundadores, relação de integrantes do conselho e diretoria com indicação de nacionalidade, estado civil, profissão e residência. Se houver estrangeiro juntar o visto de perma-nência no país, se solteiro declarar a sua maiori-dade e se houver participação de personalidade jurídica juntar a prova de sua existência legal. Todas as folhas devem ser rubricadas pelo presidente.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÕES. Como criar uma associação.
Disponível em: <http://www.associacoes.org> Acesso em: 20 abr 2009.
CRIAÇÃO DE ASSOCIAÇÃO.
Roteiro para criação de associação. Disponível em: <HTTP://www.mozartrussomanno.com.br> Acesso em: 20 abr 2009. SOUZA, L. C.
Associações. Vitória: Sebrae, 2007. ASSOCIAÇÃO OU COOPERATIVA. - Comercialização. Disponível em:<http://www.sebraesp.com.br/fique_olho/notas_empreendedor/legislacao/associacao_cooperativa> Acesso em: 01 mai 2009.
VASCONCELOS, E. P. L. Associativismo e cooperativismo: conhecer e participar. Belo Horizonte: EMATER - MG, sd.